| Amigos Improváveis |

É, como dizer; extraordinário. Gostei bastante da mensagem e da essência. Certas cenas e imagens vaguearam pela minha mente nos dias seguintes. É fantástico como dois seres tão diferentes, com vivências díspares, posturas contrárias, possam ganhar e gozar tanto do mundo um do outro. Sempre fui a favor das diferenças, do contrário, do out of the box, porque é a diversidade e, porque não a variabilidade, que nos livra do secante, do sem graça, do monótono. E fico sempre feliz porque à minha volta, as verdadeiras amizades se resumem a pessoas tão próximas e, ao mesmo tempo, tão longe daquilo que sou. Porque é isso que torna tudo tão especial, o podermos emergir no mundo dos outros e ofertar do nosso.

É um filme francês, o que me fez vacilar porque não tenho grande empatia pela língua, se bem que dez minutos depois a esqueci totalmente. Tirou o pódio a filmes como "O Artista" e "O fabuloso destino de Amélie".

A interpretação dos atores roça o excelente. E o tema difícil que trata a obra, é abordado de uma forma suave, cómica e sem que caia no desrespeito ou na não importância do mesmo. Pelo contrário, sem aquele peso típico, somos chamados à razão para inúmeros aspetos relacionados com a paralisia.

É acima de tudo, um filme despretensioso, agradável e, para mim, com muita, muita essência. Sabem? Daquela que faz toda a diferença.

Omar Sy and François Cluzet

Ah, o dinheiro dos direitos da adaptação do livro foram doados a uma associação de ajuda a portadores de deficiência motora.